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Posted by : Bruno Felix Amaral sábado, 14 de fevereiro de 2015


(Background do personagem de Guiga)

No campo de batalha, pai e filho lutam para conquistar glória e despojos de guerra. Eles veem que essa chance é única, pois eles poderão finalmente deixar as terras geladas da província de Fovoham, estas que não são tão férteis quanto às terras da região de Gallionne.

Há 47 anos as nações de Ordallia e Ivalice se enfrentam numa guerra territorial. Aparentemente, nesse momento a guerra esta virada para Ordallia.

Dragemere Jormag junto com seu filho Tryndamere juntaram-se aos exércitos dos Hokutens para combater os exércitos de Ordallia. Dragemere, empunhando sua montante Freljord e sendo auxiliado por seu filho de apenas 17 anos, empunhando uma outra montante sem nome, abrem caminho para a infantaria dos Hokuten seguir adiante pelo terreno gelado, onde até então estavam em desvantagem. Tryndamere ficava impressionado com a força de vontade demonstrada por seu pai em meio a tantas batalhas, e mais ainda com a brutalidade da espada Freljord, capaz de partir facilmente um homem ao meio. Ele sabia que tinha de haver algo mais naquela gigantesca espada de lâmina fria.

Tryndamere era muito habilidosos para a sua idade, e ele conseguia empunhar facilmente uma montante, algo muito difícil pra qualquer recruta dos Hokuten nas mesmas condições. Os Jormags, assim como tantos outros, estavam naquela batalha apenas como força de apoio e fora prometido a eles grandes despojos de guerra. Tryndamere, assim como seu pai, usava um elmo viking e um manto feitos de peles de animais, além de um tipo diferente de cota, que cobria pouca parte do torso. O jovem guerreiro era corpulento, tinha músculos bem definidos e braços fortes. Seus cabelos eram longos até seus ombros, e seus olhos eram de um azul opaco e frio.

Numa dessas batalhas, Tryndamere lutava com ferocidade contra seus inimigos, até que algo aconteceu: abrindo caminho de maneira sorrateira, um vulto encapuzado começou a assassinar um a um os soldados da infantaria, e quando menos esperava, Tryndamere se viu diante de uma estonteante mulher, uma assassina de cabelos prateados e olhos azuis de uma beleza nunca antes vista pelo jovem rapaz. Ela usava um arco feito de ametista, e sua capa era branca e cobria parte de seus cabelos, de modo a se condundir entre a neve. Essa rápida visão foi o suficiente para a arqueira arrematasse o coração do jovem Tryndamere, mesmo sabendo que se tratava de uma inimiga. Aquela bela mulher era literalmente uma cúpida mortal.

A mulher não pensou duas vezes e investiu contra Tryndamere o atacando com flechas. O rapaz defendia todas com sua montante. Os dois ficaram ali por algum tempo naquela confusão de flechas e lâminas. Em determinado momento, um Hokuten investiu contra a garota, e Tryndamere, sem pensar duas vezes, avançou contra ele e o matou. Obviamente, a reação da jovem mulher foi de surpresa. Por que aquele homem a salvaria no calor da batalha, sendo ela sua oponente? Bem, as respostas viriam depois.

Assim que Dragemere viu o que seu filho fez, e percebeu que dois Hokutens também haviam presenciado o fato, avançou rapidamente contra eles, os matando. Dragemere sabia que a vida de seu filho estaria em risco caso os demais Hokuten soubessem do ocorrido. Feito isso, ele foi até seu filho questionando o que ele havia feito. A mulher ainda estava surpresa, mas apesar de não entender o que estava acontecendo, mantinha a guarda fechada.

Tryndamere se desculpa com seu pai, e explica seus motivos egoístas, afirmando que não podia arriscar perder a mulher de sua vida. Ao ouvir isso, a mulher por um momento fica com o rosto corado, mas o esconde sob o capuz, baixando a guarda pela primeira vez. Ela jamais havia recebido qualquer demonstração de afeto de um homem antes, ainda mais dessa forma inusitada e inesperada. Tryndamere declara todo o seu amor, e sugere que eles partam o quanto antes dali. A mulher inicialmente resiste, mas acaba sendo convencida pela sinceridade do guerreiro. Dragemere, então, os dá cobertura, permitindo que se afastem do local da batalha em meio à confusão. 

Depois de muitas brigas e desentendimentos, a mulher acaba revelando seu nome ao guerreiro: Ashe. Ele então descobre que ela não está lutando ao lado das forças ordalianas por patriotismo, mas sim por dinheiro. Mesmo relutante em falar sobre si mesma com um estranho, a insitência de Tryndamere e a aparente sinceridade de seus sentimentos, amolecem o coração de Ashe, fazendo-a se abrir com ele, enquanto percorrer o difícil caminho entre as montanhas geladas, na direção contrária ao furor da batalha.

Ashe fora criada por vieras logo após o assassinato de sua mãe, 7 anos antes. As duas fugiam da guerra quando foram emboscadas e confundidas com inimigos. A mãe de Ashe se sacrificou para que a filha tivesse uma chance. Ao fugir dos soldados, Ashe correu e correu até adentrar uma floresta desconhecida, e lá ela permaneceu e chorou por dois dias. O choro foi ouvido por um grupo nômade de vieras que ali passavam, vieras que não se intrometiam nos assuntos dos humes, mas que se sensibilizaram com os lamentos daquela pobre criança. Ela então fora treinada nas artes da caça, da furtividade e sobrevivência na selva, se tornando especialista em arquearia, obcecada em se tornar mais forte e ser capaz de se virar sozinha.

As vieras logo lhe deram um sobrenome de caçadora. Ashe passou então a ser chamada de Sherwood. As vieras tem sentimentos diferentes em relação ao sexo masculino, pois para elas os homens servem apenas para propósitos de reprodução de sua raça, em vista de que nunca se viu uma viera macho. Ashe acabou se acostumando a essa cultura, e por esse mesmo motivo, ela não conseguia entender o que o guerreiro estava tentando lhe dizer. Pela primeira vez, ela estava descobrindo um sentimento que ia além das necessidades naturais, algo tolo, mas ao mesmo tempo, belo. Aos poucos, ela começou a perceber, e a compreender. Ela também estava sentindo algo estranho, mas não queria confessar. 

Ela conta a Tryndamere sobre o porquê de ter abandonado a proteção das vieras, pois em seu íntimo nunca havia se esquecido do que acontecera à sua mãe devido à guerra. Passou a usar o seu antigo sobrenome, e assim voltou a se chamar Ashe Avarosa, filha de Milen Avarosa. Por quase três anos ela fez incursões de todo o tipo, até mesmo missões de assassinato, trabalhando tanto para um lado quanto para o outro, mas que geralmente os ordalianos estavam dispostos a pagar mais, e por isso eram seus clientes habituais.

Depois de conseguirem fugir da zona de conflitos, Ashe decide ir embora, mas Tryndamere acaba a convencendo a se encontrar com ele novamente. Ela não faz nenhuma promessa, mas os dois acabam se encontrando. Lentamente, Tryndamere começa a conquistar a arqueira, que começa a se render aos sentimentos honestos do brutamontes e a descobrir que podia sentir algo muito mais forte do que a mágoa que ainda nutria pela perda de sua mãe.

Anos depois, a guerra finalmente termina, e não se passa muito tempo até que Ashe e Tryndamere se casam. Dragemere dá a seu filho parte de suas novas terras próximas a Gallionne, conquistadas graças a muito sacrifício nas trincheiras de Fovoham. O casal passa a viver ali, mas com o passar dos anos, eles descobrem que têm dificuldades para ter filhos.

O pai de Tryndamere morre 2 anos após o final da agora chamada Guerra dos 50 Anos, devido a uma estranha doença. Ao observar as condições da morte, Ashe suspeita que ele tenha sido envenenado, mas Tryndamere não leva a esposa a sério. Como herança para seu filho, Dragemere deixou a espada Freljord. O restante de suas terras é deixado para sua nova esposa, uma mulher com a qual casou no final do período de guerra.

A vida de Ashe e Tryndamere segue tranquila, mas ambos têm problemas em tocar a fazenda e se adaptar ao novo estilo de vida, ao mesmo tempo em que tentam ter filhos, sem sucesso. Finalmente, depois de muitas tentativas, Ashe consegue ficar grávida, mas a felicidade dura poucas semanas, e ela acaba abortando involuntariamente. Isso a deixa muito abatida, e Tryndamere tenta fazer de tudo para deixá-la feliz novamente, mas certas coisas são difíceis de superar, e só o tempo pode curar.

Um dia, quando Tryndamere estava arando a terra e cuidando dos seus chocobos e vacas da melhor forma possível, ele se depara com uma desagradável surpresa. Primeiro, ele se assusta ao ver sinais de uma fumaça negra e espessa vindo de sua casa. Ao voltar depressa para o local, ele descobre que tudo foi saqueado e o que restou foi incendiado. Ele consegue avistar pelo menos duas dezenas do que ele acredita ser bandidos se afastando em carroças, mas ele não consegue reconhecê-los ou ter certeza de sua origem. Tudo que ele consegue discernir é sua amada Ashe desacordada, sendo levada nas costas por um dos homens a pé. Ashe ultimamente estava muito abatida e fraca, além da vivência pacífica ter amolecido os dois. Ela jamais conseguiria se defender de tantos malfeitores.

Desesperado, Tryndamere investiu desarmado contra os bandidos, mas eles eram muitos. Ele sabia que haviam rumores de bandidos saqueando fazendas próximas. Após levar uma surra de três dos homens, Tryndamere viu que lutar desarmado seria tolice e foge para sua casa em chamas, na esperança de pegar a espada que herdou de seu pai, a Freljord, e assim conseguir resgatar sua esposa. Mas assim que ele consegue pôr as mãos na espada, que estava escondida em um baú do porão, a fundação da casa não resiste aos danos do fogo e desaba, soterrando-o. Estava muito quente entre os escombros, mas por algum motivo um frio intenso tomou conta do lugar. Tryndamere juntou suas últimas forças, e conseguiu se arrastar para fora, antes de desmaiar.

Ao acordar, Tryndamere percebe que o fogo se alastrou por toda a fazenda, consumindo boa parte do que ele tinha, até mesmo seus animais. Ele se esforça e consegue fugir, levando apenas sua espada consigo. Agora ele não tem mais nada, tudo que ele possuía foi tirado dele, mas sua esperança é de que sua amada Ashe esteja viva e bem, e ele fará tudo o que for preciso para encontrá-la.

" — Sempre que me deito, eu a vejo em meus sonhos, chamando meu nome. Dormir pra mim é mais doloroso do que qualquer ferimento de espada. —".

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